A raíz da mandrágora
Meia garrafa de água com sede de olhos castanhos espera o meio-dia para aquecer o coração que trespassa o vidro sujo da janela em bico de pássaro azul com medo de ser verde e de ser pássaro que voa para trás e sobe o eléctrico amarelo que chia em pessoas despenteadas e abana a água que cai e que se verte em mar sem estar quente e sem estar mar e sem estares. Aqui. Onde ficámos sozinhos a olhar para o abismo, para a cara sorridente da loucura.
18 Comments:
Queria dizer-te alguma coisa. Que não, a loucura não tem cara sorridente. Não nos aguarda, aos que já estão marcados, destinados a ir ter com ela... Mas não consigo. Por isso, concordo contigo... A loucura tem cara sorridente. E um abraço caloroso.
A mandágora também é sinal de amor, que o diga Julieta ou a mãe de Ofélia... mas a mandrágora é mítica ,e os mitos têm o seu quê de ...?
Beijo.
e não é que ela sorri mesmo? :)
beijo
E depois! E depois! E depois!Não importa a cor do arco iris do passaro, a sede da água na garrafa, ou o contrário. ou o electrico raro já. Amarelo desbotado, e carcomido. Voltamos ao mesmo. Sempre. Tens razão.
"E sem estares. Aqui"...
Abraço junto ao mar com memória por dentro.
Não sei se contas os teus sonhos, ou se levo daqui o ideia para um sonho meu...
bj
o abismo atrai...
gostei da foto :)
De que cor era o abismo?
bj
Não penses que te safas, este vai ser o fim dos teus dias de sossego ;)
Gostei do exercício de escrita torrencial, destes exercícios saem por regra melhores resultados que da escrita filtrada pela censura consciente.
Beijinhos :)
Marisol:
Adivinham-se dias solarengos neste Inverno por chegar ainda. Bem-vinda à minha vida. Amiga.
:)
continuo sem saber quando e em que contexto tinha passado pelo teu blog, no entanto digo que gosto dessa forma de escrever...Por aqui passarei mais vezes....
Beijos,
Diogo
Palavras embriagadas de vida, que rodopiam pelos nossos olhos... explosão de cores, sombras, ventos e movimentos...
O electrico amarelo, as pessoas despenteadas, essa água do mar... xD
a loucura é capaz de nos ajudar a enfrentar o dia. definitivamente!
abraço apertado****
olá bruna!
após uma ausência motivada pelas férias, estamos de regresso e como sempre ficámos fascinados pela escrita da "mandragora".
beijinhos
paula e rui lima
menina dos olhos doces que escreves como quem pinta e por isso e por muito mais sorri. plim. cheguei. =)
Inesita:
Está quase, não está?
Plim*
Muito bom!
Sabes... Também (...) "eu tenho a minha loucura!/Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,/
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios..."
Obrigado por partilhares a tua original loucura com a minha emprestada loucura! :)
Beijos
P.S. Ah... a citação era do José Régio, no "Cântico Negro"
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Enviar um comentário
<< Home