20 janeiro 2008

Diálogo à sombra

- Um dia ainda acabo dentro de uma caixa de fósforos.
- O teu sonho é brilhar no escuro do mundo?
- Não. O meu medo é que a cabeça me rebente quando finalmente o mundo precisar de mim.

8 Comments:

At segunda-feira, janeiro 21, 2008, Blogger Maria del Sol said...

Não receies brilhar. A vida é curta demais para o medo. E a luz, mesmo que breve, é que lhe dá sentido. :)

 
At segunda-feira, janeiro 21, 2008, Anonymous Anónimo said...

Podes sempre acender uma vela de esperança. ;o)

 
At terça-feira, janeiro 22, 2008, Blogger V. said...

uns sonham. outros têm medo...

beijinho*

 
At quarta-feira, janeiro 23, 2008, Blogger Unknown said...

o teu brilho, esse, vê-se, sente-se, mesmo que tu aches que está apagado... porque a luz está em ti,no teu olhar, no teu ser...

sorri, sempre, miga... e deixa a tua luz espalhar-se pelo mundo, tocando os pontos mais escuros da realidade...abrindo janelas para esse teu mundo maravilhoso... de fadas...

beijo

 
At quinta-feira, janeiro 24, 2008, Blogger Bruno Freire said...

"Sei que um dia, mais cedo ou mais tarde, também eu morrerei, mas se hei de morrer na solidão asséptica do quarto então antes o gume da liberdade."
Desgostar cada segundo como um tempo inteiro e entregar me perdidamente à sua engrenagem sem pausas; agenciar o corpo num maquinismo maior e diluir a alma na carne, nos fluxos oleosos dos canais subterrâneos do mundo. Depois já próximo do êxtase rasgar a carne, dissecá-la minuciosamente com perícia de artesão e paciência de ourives e resgatar das suas veias mais secretas o sangue do poema. Depois alimentaremos regularmente a nossa embriagues com esse sangue, batido de desejo e loucura na ânsia colectiva de tudo criar.
...criar na emergência dos gestos um novo movimento, uma nova harmonia no desespero de um grito espelhado de sombras dilatadas pela lamina afiada das facas.
Poesia regada a vinho barato, de cor vermelha intensa, com reflexos violáceos, levemente metalizado pelo suor dos operários lembrando compotas sangrentas de tons labiais fatais.
A seda das palavras torna-se áspera, ferem a garganta no vómito repentino, no raio de ousadia com que buscam o dia com que anseiam a violência da luz...desconstruindo a exessiva organização dos ossos,,,

 
At quinta-feira, janeiro 24, 2008, Blogger Beatriz said...

hmm... o meu sonho já foi realmente brilhar no escuro do mundo. mas agora tenho medo de nao ter quem rebente a cabeça por mim quando eu precisar. cá entre nós, brilhamos e proporcinamos mais ao mundo quando temos uma fonte de energia, renovável idealmente. talvez fariamos melhor em dilogar ao sol, e não à sombra :)

 
At terça-feira, janeiro 29, 2008, Blogger Mateso said...

As cabeças rebentam de ideias, quando o mundo delas precisa... sem medos!
Beijinhos

 
At quarta-feira, fevereiro 20, 2008, Anonymous Anónimo said...

Todos brilhamos de alguma forma!...e, as tuas palavras brilham sem dúvida!
Não te preocupes que a cabeça não irá rebentar, mas apenas iluminar!;)
Parabens pelo blog!

 

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