Lonesome Town
Devido à ausência de preâmbulos, tudo começa num dia indefinido de mais ou menos pouco sol com tendências acinzentadas: Conto as listas brancas da passadeira, faço trocadilhos parvos com as letras das matrículas e a caras dos respectivos condutores dos veículos, desespero pela chegada do verde, rio-me para o cão da senhora que tresanda a laca emproada (numa malograda tentativa de que alguém me compreenda num plano absurdo e logo de manhã) e continuo a fugir da rua em números ímpares, qual carteiro sempre atrasado de pés e com segredos dos outros às costas. Numa impressão sinestésica crónica causada por noites não dormidas, parece-me sempre que vai chover algum dilúvio. E eu de guarda-chuva esquecido em casa. E prestes a afogar-me nesta cidade.
4 Comments:
Um pouco de sol*)
Menina, sabes por que é que estas coisas acontecem? Sabes?? Porque quando vais a Ponte de Lima não passas pelo Porto. Aqui há sempre um guarda-chuva à tua espera. Pelo menos...
:)
Beijinho!
ola...voltei..há horas em que as taskinhas ficam barulhentas e já não aguento vozes que lutam em décibeis lá em cima.O stranger também saiu...
http://inv3rs0.blogspot.com/
A chuva de hoje, bem como a cidade, será diferente da de amanhã. E os esquecimentos serão outros, também. So, don't worry and live happily.
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